segunda-feira, 22 de julho de 2013

Personalidade: José de Campos


Por: Eloisa Helena Wagner Sequinel e filhos

Data de Nascimento: 31 de março de 1938
Data de Falecimento: 1 de setembro de 2005


Compartilhar aqui a história, fatos da vida de João Sequinel Neto muito me orgulham, faz-me remeter ao passado, pois, são momentos especiais e inesquecíveis vividos intensamente. Foi um casamento de 38 anos de muita cumplicidade, respeito, admiração, e a prova deste amor foram os filhos queridos e amados que tivemos. Fez lembrar-me também de como nos conhecemos, pois naquela época eu era estudante e ele um jogador de futebol muito respeitado e admirado por todos; nessa época uma garota namorar um jogador não era algo visto com “bons olhos”. Foi amor à primeira vista, nos conhecemos quando andávamos na rua quinze, cidade de Blumenau SC. Trocamos olhares e desde então, só nos víamos quando passávamos pelo outro. João confessou-me depois que na época: “se essa menina olhar para trás não é boa coisa, e se ficar só no olhar frente a frente, quando um passar pelo outro, essa é para casar”. Dito e feito!  Contive-me apesar de meu coração disparar, fiz-me de difícil e conquistei então o coração do meu futuro marido. Contudo, ainda não sabia que Joca era jogador de futebol: fui saber disso dias depois e detalhe: eu torcia pelo time adversário, o Palmeiras de Blumenau: porém meu coração falou mais alto.
Naquele tempo, era necessário o consentimento dos pais para aprovar o namoro.
Certo dia, Olívio Leandro Wagner, meu pai, fez uma viagem até Blumenau para visitar-me; Aproveitou a oportunidade e pediu para conhecer e conversar com Joca e em uma só conversa encantou-se pelo seu caráter, dizendo-me então: “esse é um moço muito sério minha filha”.

 Aos 31 dias do mês de março de 1938, nascia na cidade de Curitiba, João Sequinel Neto, filho de Antônio Sequinel e Izabel Favorito Sequinel. Lutou desde cedo para alcançar seu maior sonho; ser jogador profissional de futebol. Em 1952, aos 14 anos de idade “Joca”, como era popularmente conhecido, iniciou sua carreira futebolística nas categorias de base do Coritiba Futebol Clube. Foi campeão estadual na categoria juvenil em 1957 e bicampeão na categoria aspirante em 1957 e 1958. Joca era conhecido como o “canhão da baixada” devido ao forte chute.
Em 1959 foi promovido para o time principal e estreou como titular fazendo 2 gols, o que culminou no empate em 4x4 contra o Guarani de Ponta Grossa, sendo campeão naquele ano. Nesse mesmo ano, ele marcou 7 gols, e foi o artilheiro do campeonato fazendo parte do bi e do tri no Campeonato Paranaense 1960 e 1961. O jogador defendeu a gloriosa camisa alviverdecomo meia atacante entre os anos de 52 e 62.
Em 1964, fez parte do time que jogava um futebol de “encher os olhos”, o inesquecível, “esquadrão da vitória” – O Grêmio Esporte Olímpico dos anos 60 era realmente um rolo compressor, sendo campeão Estadual daquele ano em 1964. Prestou serviço como atleta profissional no Grêmio Esporte Olímpico de Blumenau entre os anos de 1963 e 1967, passando pelo Barroso de Itajaí no ano de 1968. Encerrou sua carreira no Figueirense Futebol Clube em 1971.
Em 1966, quando jogava no Esporte Olímpico conheceu a estudante normalista Eloisa Helena Wagner, natural de Alfredo Wagner sua futura esposa. Desde suas primeiras visitas a cidade natal da namorada já foi cativada com seu futebol.
Participava quando possível, de jogos em várias localidades do município e fora dele. Ajudou na implantação do estádio de futebol do município, na localidade do Caeté. No jogo inaugural em 1971, contra o time de Urubici, Joca marcou 2 gols, acabando no empate de 2x2.
Fixou residência em Alfredo Wagner ao casar-se em 1968. Quando deixou o futebol profissional. Trabalhou então na Farmácia Dr. Beto, de seu cunhado Norberto Wagner (1972 a 1974).  No ano seguinte, prestou concurso para ingressar no BESC, onde trabalhou de 1975 a 1995, quando se aposentou. Devido ao grande contato com as pessoas e em função de seu trabalho, tornou-se muito conhecido e cultivou muitas e boas amizades.
Joca faleceu em 1° de setembro de 2005 aos 67 anos, deixando sua esposa Eloísa, os filhos Fernando, Fabiano e Fabíola, seu genro Rodrigo Neto da Silva, suas noras Andréia Regina Wagner Sequinel e Julia de Azevedo Subtil Sequinel e os netos Luiz Henrique, Eduardo, João Vitor, Gabriel e Miguel.
Com este breve histórico de sua vida e sua carreira, e os bons exemplos deixados tanto para família que amava e nos círculos de amizades que mantinha; nada mais justo que, homenagear um amante Desportista nomeando-o com um ginásio de esportes, como ocorreu em março de 2006, no Colégio Silva Jardim do município de Alfredo Wagner.
Portanto, o destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha escreve sua história, constrói seus próprios caminhos e foi isso que Joca fez vivendo intensamente sua grande paixão: o Futebol.
O exemplo de João Sequinel Neto dever ser perpetuado e que sirva como referência e exemplo para as novas gerações que desejam seguir a tão sonhada carreira de Atleta. Que estes jovens saibam que nesta cidade viveu, e em nossa memória vive um homem que lutou e venceu os desafios.


História do campeonato de 1964 acesse link: http://geolimpico.com.br/portal/?p=707

Personalidade: José de Campos

Por: Carol Pereira
        Giovana Truppel
        Celita Irene Campos Angeloni

Data de nascimento: 23 de setembro de 1918.
Data de falecimento: 26 de agosto de 2006.

José de Campos amou a cidade de Alfredo Wagner-SC como um pai ama seu filho.
Homem honesto, empreendedor e, acima de tudo, com o olhar voltado para o futuro, foi por isso um visionário. Foi o maior benfeitor da nossa cidade. Entre suas ações, idealizou e foi o responsável pelo projeto de urbanização das ruas centrais tais como são hoje, e pela doação de inúmeros terrenos em área nobre da cidade.
José de Campos, também conhecido como “Seu Zé Campo”, filho de João Alexandre de Campos e Benta Emília Vieira de Campos, nasceu no dia 23 de setembro de 1918 em uma pequena comunidade agrícola, chamada Canto do Rio Gaspar, no interior de Vargem Grande, hoje distrito de Águas Mornas-SC. Nessa comunidade, ele passou sua infância e adolescência, frequentando a igreja e a catequese com devoção.
Na escola, por ser um garoto muito interessado e inteligente, conseguiu concluir todo o curso primário em apenas um ano. Como a vida era difícil, foi preciso que José parasse de frequentar a escola para ajudar os pais no serviço diário da roça. Mas, apesar de todas as dificuldades, não deixou de estudar. E, com a ajuda das três tias religiosas, irmãs de seu pai, ele conseguiu, através de correspondências que ele enviava a elas, completar os estudos do ginásio (correspondentes aos da 5ª a 8ª séries).
Foi também nessa comunidade que José frequentou suas primeiras festas e teve  namoradas. Como era de costume, o namoro da época era associado ao tempo e ao espaço: poucos domingos (de um a três domingos para decidir se o namoro era sério) e o caminho percorrido até a casa da namorada. Foi assim até que José conheceu Maria Zita Kuhnen, com quem se casou em 26 de junho de 1943. O casal morou com os pais de José por alguns meses. Em 1944, José foi à procura de um local adequado para a instalação de uma casa comercial que estivesse dentro do seu orçamento.
Estabeleceu-se, então, em Alfredo Wagner, em fevereiro de 1944, alugando de um morador o ponto comercial que desejava; e de outro, comprou o estoque de um comércio. Essa negociação custou caro, levando mais de três anos de trabalho: vendendo tecidos, ferragens e alimentos.  Trabalhou muito, junto com sua esposa, inclusive aos domingos, até que conseguiu pagar os empréstimos que fez para pagar o ponto, o estoque da loja e a aquisição de sua primeira casa. Essa casa (antiga pousada) ficava na Rua do Comércio, a principal da cidade, servia para sua residência e também para o ponto comercial, em cuja fachada havia a placa: “Casa Comercial José de Campos”.
Daquele momento em diante, os seus negócios começaram a prosperar e, no ano de 1953, José realizou outro bom negócio: trocou seu estabelecimento comercial e moradia por um caminhão e uma casa com grande extensão de terra próximo ao rio Caeté - com pasto, pomar, área para cultivar hortaliças e criar animais- aproximadamente 100.000 m², hoje centro da cidade.

    Acreditando no desenvolvimento de Alfredo Wagner, e demonstrando amor pela terra que escolheu para viver, ele idealizou o traçado das principais ruas e fez o loteamento de sua imensa propriedade em 116 lotes urbanos.
Na área mais importante de suas terras, fez doação de terrenos para: a construção do Colégio Silva Jardim, a Praça, a construção do Clube Social “Sociedade Recreativa União Clube” e as ruas - Rua Anitápolis, Rua Hercílio Luz, Rua Joé de Anchieta, Rua Arthêmio Rosa Farias, Rua Rui Barbosa, Rua 25 de Maio, Rua São João, Rua Florêncio Abreu e Rua Major Pedro Borges (ao todo, nove ruas).
Também indenizou em dinheiro, ou em troca de terrenos, aos proprietários cujos terrenos ou casas localizavam-se sobre o traçado das ruas. Foram indenizados: Jorge Fernandes, Pedro Quintino, João Aleixo, Quintino da Rosa (conforme suas memórias manuscritas, com as fac-símiles em  ANGELONI , 2007, p.145 e 146).
José também participou da equipe que idealizou e planejou essas construções; porém, as ruas ele realizou tudo sozinho (planejou, contratou topógrafo, contratou maquinista, contratou caçambas com macadame). Doou à cidade as ruas prontas para o trânsito.
Morando ainda próximo ao rio, começou a planejar e a construir a casa dos seus sonhos, na parte mais central das suas terras. Na segunda metade do ano de 1958, realizou a mudança para o sobrado com sua família. As linhas retas do sobrado marcavam o estilo moderno, prático e arrojado que, com localização privilegiada, passou a ser uma atração local, (a primeira com energia elétrica, com banheira e vaso sanitário). A família morou na casa por cerca de dez anos. A prefeitura municipal comprou a casa no ano de 1968. A construção existe até hoje e é usada atualmente como sede da Secretaria da Agricultura do município.
Nesta época, José também era dono do cinema da cidade. O cine Marajó ficava na Rua Hercílio Luz – onde hoje se localiza a igreja evangélica – e era um dos principais pontos de lazer para a comunidade. Foi ali que muitos namoros começaram. Além de exibir filmes, José também alugava o local para festas e confraternizações.
Morou em Alfredo Wagner durante trinta anos, com muita dedicação ao comércio local, à comunidade e às pessoas carentes. Aos pedintes, era rotina doar comidas, roupas e calçados. Todos os dias José e Maria Zita reservavam parte da refeição e uma sacada de frutas do pomar para distribuir aos necessitados. Eram pessoas do Caeté, da beira do rio, ciganos, andarilhos. Mais tarde, depois de aposentados, o casal passou a destinar parte do salário para a compra de dez cestas básicas mensais distribuídas entre os mais pobres da comunidade.
 José exerceu por vários anos a função de juiz de paz, a qual consistia em dar assistência às pessoas, conciliando-as diante dos conflitos existenciais. Ao saber de alguém com problema emocional, como depressão ou desânimo, José ia conversar incentivando a pessoa a enxergar a solução, a ver o seu problema do ponto de vista mais racional. Com isso, diminuía o sofrimento daquela pessoa que passava a ajudar-se, contornando a situação com relativa brevidade.
Com o tempo, essa prática foi-se incorporando aos costumes da cidade. E, de vez em quando, José era chamado a orientar quem dele precisasse. Atendeu José não só brigas de casais, mas de pais e filhos, de empregados e patrões, de vizinhos, de jovens, de namorados. E foram diversos casos: vinganças, brigas, tentativas de suicídio, ameaças, calúnias, a dor de perder um ente querido, namoradas grávidas abandonadas pelo namorado, entre outros. Interessava-se. Indagava os motivos de cada lado. “O namorado abandonou a moça  grávida? Onde ele está? Por que não quer mais a namorada?” José queria saber. Queria ajudar. Ia atrás do moço, às vezes até em outra cidade. Encontrava o namorado. Conversava. Convencia a respeito da responsabilidade para com o futuro das duas pessoas: a jovem e a criança que estava para nascer. Dizia que tinha que honrar o compromisso de ter iniciado uma família. A criança que estava para nascer precisava ter o pai ao seu lado.  E José conseguia.
Traçando objetivos cristãos, conseguia ser ouvido. Com bondade, com jeito, com carinho pelo ser humano, como quem só estivesse conversando. José convencia. Era uma figura que inspirava confiança.
José valorizava muito especialmente os estudos. E por valorizar os estudos, José incentivava sempre os filhos a gostarem. Considerava o caminho mais acertado para a garantia de uma vida melhor. Com os filhos estudados, percebia-se em José e Maria Zita, uma grande alegria por terem realizado esse sonho. José costumava dizer: ”Os estudos são a melhor herança”. Seus filhos se formaram em Odontologia, Letras, Pedagogia, Administração, Enfermagem. José preocupava-se com a falta de estudos de ensino médio na cidade. E, por isso, muitas vezes, procurava os pais desses jovens para incentivá-los a deixar os filhos estudarem fora da cidade. E até hoje pessoas reconhecem que tiveram a continuação dos estudos graças à motivação dada por José de Campos, que não tinha os olhos voltados só para a sua família, mas para os outros também. Por tudo isso pode-se dizer que expressam principalmente seus valores: o amor à família, o amor ao trabalho, o  amor ao próximo, e  em especial o amor aos pobres.       
Disposição era o que não lhe faltava nas áreas: política, pessoal e social.
Na área política, foi presidente do diretório da UDN do distrito de Catuíra, vereador, presidente da ARENA, duas vezes candidato à prefeitura ( sem sucesso).Participou da equipe que idealizou e planejou as construções importantes da cidade: Colégio Silva Jardim, Clube União, Casa Paroquial, Igreja, Hospital, Usina de Energia Elétrica. Junto dessa equipe também batalhou para a instalação de Paróquia da Igreja Católica e a elevação da Vila a Distrito e, por fim, a Município.
Na área pessoal, teve várias profissões: foi agricultor, boleeiro de carruagem, barbeiro, fotógrafo, pintor de paredes, transportador, dentista prático e protético, corretor de imóveis, farmacêutico e comerciante. Realizou-se em muitas áreas, sendo um empreendedor por vocação.
Na área social, durante sua trajetória, José teve suas ações sempre voltadas para o bem do próximo. Praticava a caridade diariamente com os menos favorecidos, fornecendo-lhes roupas, alimentos, remédios, e outras diversas ajudas, conforme a necessidade, fazendo inclusive doações de terras às pessoas carentes. Incentivava a todos o valor dos estudos. Muitos se admiravam dos seus esforços para os estudos dos filhos e dos incentivos para os outros jovens da cidade. A caridade, a bondade, a honestidade e a sabedoria foram as suas maiores qualidades. Participou da organização social da cidade, sendo ora Presidente da Sociedade União Clube, ora Presidente do time de futebol, o Sociedade Esportiva União Futebol Clube, ora fazendo parte como conselheiro da administração do Hospital e Maternidade, ora servindo de Juiz de paz.
 Era simples, mas de personalidade forte. Lia muito e estava sempre bem informado: um homem sábio, apesar do pouco estudo. Ele esforçava-se para saber além do que aprendeu na escola, quer pela leitura de jornais, revistas, e livros; quer pelo rádio e televisão.
Mesmo tendo passado por grandes dificuldades financeiras, José não perdeu a fé. Continuou firme em sua devoção católica, esperançoso de dias melhores. O que de fato conseguiu, por crer na benção de Deus, e por ser homem de pensar positivo. Pessoa de fé, testemunhou com ações, durante toda a vida, o seu amor a Deus e ao próximo. Tanto a família, quanto os que o conheceram , reconhecem nele um líder comunitário.       
Depois do golpe militar de 1964, houve uma crise econômica no país. E José, como dependia do comércio, sentiu grandes dificuldades. Começou a fazer empréstimos e, com os juros altos, foi enredando-se, complicando-se com dívidas  e inflação. O estoque ficou parado e as contas vinham para serem pagas. Também aconteceu de vender fiado, porque acreditava nas pessoas, via nelas o que via em si mesmo, não via maldade, não sabia dizer “Não”. Pediu concordata em 1967, levando dois penosos anos para pagar a todos . E ao grande  amigo Adelino Luckmann, seu maior credor, conseguiu saldar a dívida no decorrer de três anos adiante.
José criou até mesmo um estilo próprio: o costume de usar óculos escuros em lugares ao ar livre, um pequeno detalhe que o diferenciava da maioria.
Em 20 de fevereiro de 1974, mudou-se para a cidade vizinha, Bom Retiro - SC, por problemas políticos e financeiros.   Perdeu tudo. Recomeçou em Bom Retiro. Nessa nova terra, sentia a saudade do querido “Barracão”. E, sempre que podia, vinha dar um passeio em Alfredo Wagner-SC. Ficava feliz, e até emocionado! Podia-se perceber nele um amor muito grande pela cidade onde viveu os melhores anos de sua vida.
José obteve na cidade que o acolheu as condições necessárias para refazer sua vida. Solidificou-se de novo no comércio, reergueu-se, construiu nova morada. Suas virtudes e suas boas ações foram-se somando no decorrer de toda a sua vida, formando uma estrutura sólida, capaz de ajudá-lo nos reveses da vida, dando-lhe confiança para a superação dos problemas.
 Foi em Bom Retiro - SC que José passou por um enorme sofrimento, pois  perdeu seu grande amor: Maria Zita, mãe de seus dez filhos, em 19 de novembro de 1989, vítima de enfarte.
Depois de algum tempo, decidiu casar novamente, pois sentia o peso da solidão. Diante disso, os filhos aceitaram a decisão do pai, e ele se casou no dia 21 de setembro de 1991, com Maria Dolores Martendal. Os dois passaram a morar em Bom Retiro, por aproximadamente sete anos. Como a nova esposa não se adaptou às baixas temperaturas da região, mudaram-se para Santo Amaro da Imperatriz-SC.
José morou em Águas Mornas-SC ( Vargem  Grande) por vinte e cinco anos; em Alfredo Wagner-SC por trinta anos;  em Bom Retiro-SC por vinte e três anos; e em Santo Amaro da Imperatriz-SC por quase nove anos.
Estando acometido por uma pneumonia dupla e enfisema pulmonar crônico, José de Campos faleceu às vinte e uma horas e vinte minutos do dia 26 de agosto de 2006, aos 88 anos de idade, no SOS-Cárdio, em Florianópolis.
O legado pessoal que José de Campos deixou impresso mais profundamente foi a prática da caridade. Percebia-se que mesmo passando por dificuldades financeiras, ainda dava de si com generosidade e, por isso, foi um homem abençoado que deixou preciosas lições. Sabia realizar sua caridade de modo natural e espontâneo, não esperando nada em troca.
Além de contribuições à sociedade alfredense, deixou, também, admiração pelos exemplos de honestidade e de generosidade. José de Campos viveu com dignidade, combateu o bom combate, sendo um guerreiro diante dos sofrimentos advindos principalmente da política e das dificuldades financeiras. Enfrentou humilhações e incompreensões sem desanimar, porque era um homem de fé e sua força estava em Deus.
José de Campos foi um homem à frente do seu tempo, tanto nas ideias, quanto nas ações de progresso. José de Campos foi um farol a iluminar o futuro da cidade de Alfredo Wagner.
Biografia baseada na obra: Angeloni, Celita Irene Campos. José de Campos – Uma história para           Contar. Florianópolis: Ed. Secco, 2007.              
            

"José de Campos foi um farol...."

"Valeu a pena?
Tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena."
(Fernando pessoa)

Personalidades: Izidoro Cechetto


Por Alessandra Cechetto Arruda

Data de nascimento: 19 de janeiro de 1924
Data de falecimento: 15 de outubro de 2008

Neto de imigrantes italianos, dos quais tinha muito orgulho, Izidoro Cechetto nasceu em 19 de janeiro de 1924, no município de Orleans, onde vivera com seus pais, Sebastião e Antônia, e seus 6 irmãos, Anacleto, Amélia, Ângelo, Libera, Cecília e Lauro. Uma família humilde, que tinha como única fonte de renda o dinheiro recebido pelo pai, um homem cego que tocava gaita pelos arredores da cidade. O instrumento foi um presente dado pelo presidente da república na época, Juscelino Kubitschek, à Sebastião.

Ainda quando criança, Izidoro mudou-se com sua família para Alfredo Wagner, que na época ainda chamava-se Barracão. Parte dos familiares viajou em um cargueiro, e os demais fizeram todo o percurso a pé, parando em diversas localidades para "pouso".  Chegando ao local, moraram nas Demoras, onde não desenvolveram grandes atividades agrícolas e a gaita continuou sendo a fonte de renda da família. Devido a isso, acabaram mudando-se para Barra Grande, localidade do município de Leoberto Leal. Ainda com dificuldades e com a falta de interesse dos filhos de trabalharem na lavoura, Sebastião Cechetto entrou em contato com amigos do Rio de Janeiro, para que seus filhos, Anacleto e Izidoro, trabalhassem na marinha.
Aos 16 anos, Izidoro embarcou para o Rio de Janeiro, tempo depois da partida de seu irmão mais velho, Anacleto. Chegando ao Rio de Janeiro, acabou não encontrando o irmão, e decidiu, então, arranjar um emprego, começando assim a trabalhar em uma salina. Descontente com a função, procurou outro emprego, tendo como novo cargo o de cobrador de uma lancha que fazia o trajeto Rio-Niterói. E foi nesse trajeto que os dois irmãos se reencontraram. Izidoro, fazendo seu posto como cobrador, percebeu a presença de seu irmão e cobrou sua passagem. “És tu Izidoro? Eu não disse que ia te buscar?”-  disse Anacleto, bravo por seu irmão não o ter esperado.
Mas Izidoro insistiu na cobrança da passagem. ”Guri, tu não banca o corocoxócomigo não!”  disse Anacleto, com um sotaque carioca, ao explicar que a passagem não poderia ser cobrada de um marinheiro.
Após o episódio, Anacleto pediu a Izidoro que buscasse sua mala para que partissem em definitivo, para que ele pudesse trabalhar no emprego arranjado por seu pai. Foi quando Izidoro apareceu com suas roupas dentro de um saco de sal, e seu irmão, morto de vergonha, pediu que ele jogasse logo aquele saco no mar, fato que rendeu boas risadas à família.
Então, os irmãos partiram à Marinha Mercante, onde trabalharam durante 6 anos na casa de máquinas do navio, após participarem de cursos de mecânica aplicada à função. Durante estes 6 anos, fizeram somente uma visita à família, ainda em Barra Grande. E foi nessa única visita que Izidoro começou a namorar quem se tornaria, anos mais tarde, sua futura esposa, Anilda. Quando ele retornou ao Rio de Janeiro, para cumprir os anos que ainda lhe faltavam de serviço, o casal apaixonado teve de se corresponder por cartas. Até que o tão esperado noivado aconteceu, desse mesmo modo, por carta. Aos 22 anos,  Izidoro retornou do Rio de Janeiro ao Barracão, onde seus pais haviam voltado a morar, porém agora na localidade de Santa Bárbara. E foi logo após o retorno de Izidoro ao Barracão que o casamento aconteceu. A chegada de Izidoro e Anilda à cerimônia foi a cavalo, episódio esse que é inesquecível para Anilda.
O casal alugou, então, uma casa na cidade e juntos começaram uma nova vida. Desse laço matrimonial tiveram seus 4 filhos - Marli, Eliete, Edson e Rita - e foi a partir daí que Izidoro deu início à sua constante participação na formação do município de Alfredo Wagner.
De início, Izidoro começou a trabalhar como mecânico na oficina de Adelino Lickmann, da qual, tempo depois, acabou tornando-se proprietário e dividindo serviços com seu irmão mais novo, Lauro. Com a renda do trabalho árduo e totalmente manual realizado na mecânica, Izidoro comprou terras. Visto que na cidade não havia energia elétrica, estabeleceu uma sociedade com seus irmãos, Anacleto e Ângelo, para principiarem as obras de uma represa que gerasse energia para o centro da cidade.  O empreendimento localizava-se onde fica o atual bairro Estreito. Com a conclusão da obra, o Barracão recebeu energia elétrica pela primeira vez, sendo gerada eletricidade até as 22 horas. A represa ficou ativa até o ano de 1969, mas acabou ficando obsoleta depois da fundação da CELESC.
Como presidente da Igreja, no ano de 1959 participou da construção da casa paroquial e, em 1962, da própria Igreja Matriz. Izidoro manteve-se por cerca de 20 anos neste mesmo cargo e, como católico praticante, frequentava a missa todos os domingos.
Ainda em 1960, montou uma serraria e uma fábrica de óleo sassafrás (óleo retirado da madeira e utilizado na fabricação de perfumes), em sociedade com Paulo Bunn. Com grande investimento nos negócios, compraram terras nas Demoras para a extração de madeira. Izidoro era apaixonado por tais terras, e as cultivou durante anos.




 Sendo o primeiro presidente do hospital-Maternidade, fundado no ano de 1958 como Sociedade Beneficente Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Maternidade Nossa Senhora do Parto, Izidoro participou de todo o processo da construção do novo hospital, ao lado de grandes amigos e companheiros de trabalho.
Até 1961, quando Barracão ainda era distrito, foi vereador pelo município de Bom Retiro, sendo o único do Barracão a atuar nesse cargo na época. Em 1962, quando a localidade já havia ganhado o título de município e passou a se chamar Alfredo Wagner, Izidoro começou a exercer o mesmo cargo, agora na nova cidade, ao lado do  prefeito Alfredo Wagner Junior (Duca). Manteve-se em tal função até o ano de 1970, encerrando seu posto de vereador ao lado do prefeito na época, Rogério Kretzer.
Apesar do fim de sua carreira como vereador, seu compromisso e dedicação em prol do município não pararam por aí. A partir dos anos de 1970, Izidoro voltou a trabalhar com o que mais tinha aptidão, a mecânica. Operou como chefe de obras para a prefeitura de Alfredo Wagner, participando em paralelo na abertura de diversas estradas municipais, chegando a sua cooperação a cerca de 80% das estradas. E foi nesse cargo que serviu com muita vivacidade e competência, pela paixão gigantesca que tinha pelo serviço e por seu município. Foi servindo ao município que Izidoro aposentou-se, voltando toda dedicação à sua esposa, aos seus 4 filhos, 11 netos e claro, à adorada "Invernada", como costumava chamar seu sítio.
Com feitio pacífico, não costumava criar intrigas com ninguém, observava mais do que falava. Muito discreto e simples, tinha com os filhos e netos uma relação amorosa e educada, sendo que estes nunca esqueciam da costumeira forma de pedir a sua benção, beijando sua mão. A repreensão e proibição não faziam parte de seu hábito, o que o tornava o bonzinho da casa. Na visita cotidiana aos bares da cidade, não podia faltar o seu adorado "cafezinho". Em suas idas diárias ao sítio, costumava sempre levar seus netos em cima da carroceria do carro. Na volta para a cidade ao final da tarde, era de praxe a parada no bar do Patinhas para comprar a famosa paçoca de amendoim, a fim de agradar as crianças. Adorava estar cercado de seus amigos e familiares, com muita festa e comida, seu sítio era o local dos maiores encontros como as festas de família, as pescarias e carneações.
Lutando há mais de 20 anos contra um câncer, com muita força e vontade de viver, conseguiu manter-se presente em nossas vidas. Izidoro nos deixou em outubro de 2008, com seus 84 anos de muita história e dedicação. Tornou-se para sua esposa, filhos e netos, fonte inesgotável de orgulho e honra. Seus atos e obras sempre estarão presentes no município de Alfredo Wagner. Como grande exemplo, tornou ainda mais forte a vontade dos seus descendentes de "quererem ser iguais a ele quando crescerem".


Informações transmitidas por:

Rita de Cássia Cechetto Arruda (Filha)
Edson Luíz Cechetto (Filho)
Eliete Maria Cechetto Andersen (Filha)
Marli Cechetto Medeiros (Filha)
Anilda de Sousa Cechetto (Esposa)




Personalidades: Professor José Dell’ Antonia

Por Pedro Jayme dos Santos
Data de nascimento: 11 de novembro de 1909
Data de falecimento: 15 de abril de 2000


Nasceu em Nova Trento-SC, em 11 de novembro de 1909. Filho de Sebastião Dell’Antonia e de Maria Sartori, de origem Italiana, proveniente da comunidade de Fregona, província de Treviso na Itália. Realizou seu estudo primário na cidade natal. Em 1919, seus pais o encaminharam para o Juvenato, - internato - São José na cidade de Mendes/RJ, onde concluiu o Ginásio, o curso Normal e Teologia. Em 1932, transferiu-se para Varginha - MG, iniciando sua vida profissional como professor. Lá lecionou para o magistério no Colégio Coração de Jesus, e, em 1933 mudou-se para São Paulo para lecionar em um colégio na Praça da Sé. No ano seguinte transfereiu-se para a cidade de Guarulhos e lecionou teologia em um colégio da ordem. Retornou a Nova Trento para junto de sua a família e lecionou no colégio São Luiz. Novamente transferiu-se, agora para Joinvile, em seguida para Guaramirim, Concórdia e posteriormente, em 26/05/1937, com a matrícula nº 0261254/01 se efetivou na Escola Estadual Desdobrada do Distrito Catuíra, como professor e lá permaneceu até sua aposentadoria.
Mudou-se junto com a escola para o local denominado Sombrio, onde hoje esta a casa do Sr. Santo Luca. Em 1954, o governo de Nereu Ramos inaugura a Escola Estadual Urbana de Alfredo Wagner e por apresentar um belo currículo como normalista e seminarista o Professor José Dell’antonia foi nomeado o Diretor do novo colégio. Assim sendo o Professor, agora primeiro Diretor, sugeriu que o grupo escolar recebesse o nome de Antonio da Silva Jardim por considerar este um grande intelectual, escritor famoso e ainda aderir igualmente à filosofia do positivismo de Augusto Comte. O senhor José Dell’ Antonia lecionou como professor e diretor neste colégio durante 25 anos, nove meses e dezessete dias, se aposentando em 12/03/1963 por apresentar problemas de saúde.
Aposentado se dedicou completamente a família. Pai de doze filhos, sendo cinco homens e sete mulheres, gostava muito de falar, expressar os seus conhecimentos e contar histórias do seu tempo de seminário e de professor. Mantinha-se atualizado com os acontecimentos do Estado, do Brasil e do mundo; convicto das suas ideias e pensamentos, arriscava algumas previsões que às vezes se concretizavam como, por exemplo, o fim do regime militar brasileiro. Gostava muito de crianças, esportes, música, natureza, animais e de religião; pai exemplar, era contra os maltrates: seus filhos e amigos de seus filhos eram chamados de nênis. Era um homem muito exigente e fazia questão de acompanhar todos em seus estudos, foi um grande incentivador do esporte amador, em seu terreno, às margens da antiga estrada de Rio do Sul, hoje asfaltado, - a rodovia SC 302 na localidade de saltinho desta cidade - mantinha com muito orgulho um campo de futebol amador conhecido como piquete, nome este também sugerido pelo professor por considerar que todos deveriam ficar juntos, lutando por uma causa comum; e que, uma grande vitória só se consegue quando disputada em conjunto e seguindo as regras. Suas sugestões na religião eram muito respeitadas até mesmo pelos padres da época. Por ocasião de uma grande reunião acontecida por volta de 1960, frei Agatãngelo, frei da Igreja católica daquela época, solicitou ao professor Senhor José Dell’antonia que proferisse algumas palavras a cerca do encerramento das Santas Missões daquele ano, após o relato todas as pessoas se levantaram o aplaudiram incansavelmente pelas sábias palavras proferidas por ele, o orador.
Quando ainda jovem o professor José Dell’Antonia, ficou muito conhecido na região de Nova Trento e nas redondezas como o professor diferenciado, de muitos conhecimentos e de boa fala, aceitando convite de um amigo para irem à localidade de Vargedo, por ocasião de uma carreira de cavalos onde estariam reunidos muitas pessoas, incluindo os jovens da época. Neste evento, o jovem professor José Dell’Antonia foi apresentado a Srtª Bertolina Andersem Kalbusch, que saia muito pouco de casa porque precisava cuidar da sua mãe que era portadora de uma enfermidade grave. Ela, através de relatos de seus amigos e parentes, já tinha conhecimento da existência do professor. No primeiro encontro, ambos ainda constrangidos, nada de especial é dito, poucas palavras saíram da boca do jovem professor, somente perguntou se ela era da região de Florianópolis. Tal era a sua apreensão frente ao galanteador, lhe respondeu que não, que, era dalí mesmo, e assim o assunto terminou. Mas a vontade de se encontrarem novamente não, então em outra oportunidade o professor decidiu procurá-la sozinho. A distância era longa e em uma certa altura da viagem, à frente de uma residência que também apresentava características de um armazém, verificou um belo cavalo bem encilhado, amarrado no portão, parou e iniciou uma conversa com um senhor que estava ao lado do animal. Elogiando aquele cavalo que era muito bonito perguntou se estava à venda, a resposta do homem foi direta: “o cavalo é meu e não está à venda”; O professor então, com boas maneiras e um bom argumento, que lhe era peculiar, após uma breve conversa convenceu aquele senhor a lhe vender o animal assim como se encontrava. Após serem feitos os devidos acertos, pegou o cavalo e orgulhoso continuou a viagem, perguntando para uns e para outros até que achou a casa da jovem Bertolina. Lá chegando foi recepcionado por ela mesma, a qual o informou que naquele dia, novamente ocorreria uma carreira de cavalos. Ficou contente! Bem humorado e agora equipado, o professor informou que também participaria das corridas, embora soubesse que não iria ganhar, pois não era acostumado a andar a cavalos, porém sabia que precisava impressionar a jovem Bertolina e aquela era a oportunidade. Após as disputas, se constatou que ele não ganhou, mais impressionou! A sua participação ficou registrada pelas pessoas do evento como cavaleiro sorridente, alegre e bem humorado. Já no terceiro encontro dos enamorados ocorreu o casamento. Seu José e a jovem Bertolina, finalmente se casaram e deste casamento nasceram doze filhos, sendo cinco homens e sete mulheres.
As suas transferências de cidades em cidades sempre acompanhado da sua esposa e agora com filhos, eram muito difíceis: naquela época não existiam boas estradas, bons meios de transportes, os alojamentos eram precários e escassos. Em uma destas transferências, de manhã muito cedo saíram meio apressados, pois o casal e os filhos não perderiam’’ a carona com um caminhão; a pressa resultou no esquecimento de um dos filhos no hotel; quando perceberam já estavam a aproximadamente cinco Quilômetros de distância. A filha Odinéia havia ficado para trás. Pediram para o condutor parar, voltaram todos e pegaram a menina, dando continuidade a viagem cujo destino era Concórdia - sc.
Quando o professor José Dell’Antonia chegou pela primeira vez na nossa cidade, na antiga barracão, se instalou em uma casa rústica que mantinha um engenho de cana de açúcar de propriedade do senhor “João Imigrante”, como era conhecido. A localidade era as margens do rio Itajaí-açú; disto três Quilômetros do local onde ele lecionava. Este imóvel mais tarde foi vendido, o novo proprietário tomou posse das terras e o professor mais uma vez foi obrigado a se mudar. Cansado de tantas mudanças e com muito sacrifício adquiriu uma gleba de terras, próximo a cascalheira, construindo com muito esforço a sua primeira casa onde acolheu toda a sua família. Neste momento já tinha todos os doze filhos, levantava bem cedo e se dirigia a pé para dar aulas no centro da cidade; voltava ao meio dia, almoçava e novamente retornava, onde lecionava até a noite. Um de seus filhos lembra emocionado que todos os dias ele e seus irmãos iam para a curva da estrada esperar o seu pai. Quando o avistavam de longe, já o reconheciam pelo seu traje: sempre de gravatas e bem vestido. Bem humorado e de cabeça erguida corria para abraçar seus filhos. Às vezes embarcava no carrinho de rodas de madeira e a seu pedido todos os filhos saiam empurrando o brinquedo com o pai em cima. Juntos comemoravam e eternizavam com alegria aquele momento.
Nos momentos de folga convidava os filhos para buscar capim e alimentar as suas vacas; delas retirava o leite, para fazer queijos que vendia para ajudar no orçamento da família. Nas refeições todos sentavam ao redor da mesa, e após as orações repartiam uma grande polenta postada em seu centro: usando pratos de barro devoravam a polenta com leite até não poder mais. A música sempre lhe chamou a atenção e assim os filhos foram crescendo com uma tendencia a esta arte, alguns até arriscaram compor alguns versos. Quando algum filho pegava um instrumento para tocar, o professor logo o seguia e entusiasmado sentia prazerosamente as notas musicais, principalmente ao som do acordeom.
Em 1932 O Professor José Dell Antonia se solidariza ao grupo de educadores que lançou à nação o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, redigido por Fernando de Azevedo, que culminou no Decreto 21.241, de 4 de abril de 1932, esta consolida a reforma do ensino secundário, visando, segundo Francisco Campos, "a formação do homem para todos os grandes setores da atividade nacional".
o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos, único meio capaz de transformar a

O professor José Dell’Antonia conviveu e viveu arduamente o pensamento positivista que conhecimento cientifico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Faleceu na segunda residência que construiu, junto de seus filhos, noras genros, netos e amigos, no dia 15/04/2000, após ter perdido a visão e um longo período de convalescência.

Fotos: Arquivo pessoal - Diana Dell Antonia. 

Correções: Ana Paula Kretzer